Crescem os números de IST em idosos ao redor do mundo exigindo campanhas de prevenção, informa Instituto de Longevidade

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O número de idosos diagnosticados com infecções sexualmente transmissíveis (IST) está crescendo significativamente, conforme dados apresentados no 34º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID) em Barcelona. A pesquisa destaca um aumento preocupante nos diagnósticos de sífilis e gonorreia entre idosos.

A mudança de terminologia de “doenças sexualmente transmissíveis” (DST) para “infecções sexualmente transmissíveis” (IST) ressalta que uma infecção pode ser transmitida sem sintomas visíveis, enfatizando a importância da conscientização e prevenção.

Nos Estados Unidos, as infecções na faixa etária de 55 a 64 anos dobraram na última década. No Reino Unido, os diagnósticos de sífilis e gonorreia em pessoas com mais de 45 anos também duplicaram entre 2015 e 2019. Esses dados indicam que campanhas de saúde pública têm negligenciado as necessidades sexuais dos idosos.

Medicamentos para disfunção erétil, introduzidos desde os anos 1990, transformaram a vida sexual dos idosos, mas também trouxeram novos riscos. Muitos resistem ao uso de preservativos, acreditando que estão livres de riscos após a menopausa. Esse comportamento, juntamente com a maior disponibilidade de medicamentos e aplicativos de encontros, contribui para o aumento das IST entre os mais velhos.

A médica Justyna Kowalska, da Universidade de Varsóvia, observa que os números disponíveis subestimam a verdadeira dimensão do problema, pois muitos idosos evitam procurar ajuda médica devido ao estigma e constrangimento.

Incluir os idosos nas campanhas de prevenção de IST é urgente. Estudos no Reino Unido mostram que metade dos homens e um terço das mulheres acima dos 70 anos são sexualmente ativos. Nos Estados Unidos, a viuvez está associada a um risco maior de IST para homens idosos. Kowalska enfatiza que ignorar os idosos nas campanhas é um reflexo de preconceito, e que é fundamental abordar a saúde sexual de pacientes mais velhos.

A conscientização e a educação são essenciais para prevenir a disseminação de infecções e garantir uma vida sexual saudável para todos.

 

Fonte: Instituto de Longevidade MAG