CRT/DST/Aids-SP celebra 30 anos de criação e Programa Estadual DST/Aids celebra 35 anos com recordes históricos

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Secretaria Saúde e GAPPA participaram dos 30 anos de criação do Programa Estadual de DST/AIDS

Queda da mortalidade por Aids, acesso à testagens e prevenção estão entre as conquistas das políticas públicas; aniversário é comemorado em evento nos dias 29 e 30 de outubro, que celebra ainda os 30 anos do CRTDST/Aids, durante a 3ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis.

O Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, pioneiro nas ações de combate à doença no Brasil, celebrou 35 anos no mês de outubro, com recordes históricos, que abrangem a ampliação do acesso a métodos preventivos e diagnósticos e queda da mortalidade por Aids nas últimas décadas.

O evento em comemoração foi realizado nos  dias 29 e 30 de outubro, celebrando ainda os 30 anos do Centro de Referência e Treinamento DS/AIDS-SP, no contexto da 3ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis. A celebração ocorreu no Centro de Convenção Rebouças.

Como reflexo das políticas públicas desenvolvidas em SP nos eixos de prevenção, diagnóstico e tratamento, a mortalidade por Aids caiu cerca de 75% em pouco mais de duas décadas, especialmente devido ao acesso ao tratamento antirretroviral..

Desde 1994, mais de 1,2 bilhões de preservativos masculinos e femininos foram distribuídos no território paulista, em estímulo à prevenção às ISTs (Infecções Sexualmente Transmitidas).

A partir de 2018, com a implantação da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) no SUS, SP passou a distribuir o medicamento e concentra o maior número de serviços com usuários cadastrados e recebendo o medicamento, respondendo por 46% do total de pessoas cadastradas no país. Desde o início do ano, o Estado triplicou o número de serviços (49) que o disponibilizam.

No escopo da prevenção, atualmente, 9 a cada 10 mulheres têm o diagnóstico de HIV antes e/ou durante o pré-natal, e proporção similar utiliza antirretrovirais nesse período, o que contribui para evitar a transmissão vertical do vírus.

Mesmo com os avanços, é essencial evitar a banalização da epidemia. “O impacto da introdução dos antirretrovirais tem aumentado sobre maneira a qualidade de vida das pessoas vivendo com aids e trazido novos desafios, que merecem políticas públicas específicas. Destes, adolescentes e adultos jovens que adquiriram a infecção por transmissão vertical necessitam abordagem quanto à revelação diagnóstica, saúde reprodutiva e sexualidade. Aqueles que estão envelhecendo com Aids necessitam de serviços que acolham suas demandas de saúde, associadas ou não à doença. Portanto, é necessário ampliar e qualificar o trabalho em rede, articulando os equipamentos de saúde do SUS” .

O acesso a testagem para HIV, sífilis e hepatites virais cresceu com maior ênfase desde 2008, inclusive com a realização anual de campanhas de testagem “Fique Sabendo”. A oferta de testes rápidos em serviços fixos e com ações extramuros cresceu e, hoje, 94% das cidades aderiram à campanha, contra 58% dez anos atrás. Nesse período, foram feitos 2,3 milhões de exames.

“São muitos os desafios para a quarta década da epidemia. É preciso continuar inovando na comunicação com as populações mais vulneráveis, em especial os jovens, ampliar o acesso ao teste rápido para HIV e sífilis, melhorar o acesso às novas tecnologias biomédicas de prevenção como a Profilaxia Pós Exposição (PEP), a Profilaxia Pré Exposição (PreP) e o tratamento como prevenção, sem perder de foco a promoção de práticas de sexo seguro. É necessário investir na qualificação da rede de cuidados e em ações de educação permanente para os profissionais,  bem como fortalecer a parceria com outros órgãos e a sociedade civil”.