Descoberta é importante para entender interações entre anticorpos neutralizantes e o HIV – e abre caminho para novas formas de tratamento
Cientistas descobriram que anticorpos neutralizantes são fundamentais para o controle do vírus HIV-1 após a interrupção do tratamento antirretroviral. Essa descoberta foi feita por meio de um estudo que reuniu um grupo conhecido como controladores pós-tratamento, na França.
Para quem tem pressa
Cientistas descobriram que anticorpos neutralizantes são fundamentais para o controle do vírus HIV-1 após a interrupção do tratamento antirretroviral;
Essas descobertas são importantes para entender as interações entre anticorpos neutralizantes e o vírus HIV;
Além disso, elas abrem caminho para novas formas de tratamento e controle da infecção.
O estudo – realizado pelo Instituto Pasteur em parceria com Inserm (Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica) e a rede pública de hospitais de Paris – mostrou que esse grupo possui altos níveis de anticorpos neutralizantes.
Um estudo de caso revelou que a remissão do vírus estava relacionada à atividade desses anticorpos. E o anticorpo EPCT112 bNAb se destacou por sua capacidade de neutralizar cerca de um terço das variantes virais testadas.
HIV e anticorpos
Apesar do vírus ter desenvolvido resistência ao EPTC112, ele ainda permaneceu suscetível à neutralização por outras populações de anticorpos anti-HIV-1 presentes no sangue do indivíduo.
Esses resultados indicam uma possível cooperação entre diferentes populações de anticorpos neutralizantes no controle do vírus.
Com base nessa descoberta, um ensaio clínico está previsto para iniciar na França ainda em 2023, envolvendo a administração de anticorpos neutralizantes em pacientes na fase inicial da infecção pelo HIV-1.
Esse ensaio clínico terá como objetivo determinar se a combinação de terapia antirretroviral na fase de infecção primária com dois bNAbs de longa ação contribui para estabelecer uma remissão viral após a interrupção do tratamento antirretroviral.
Como vai ser
O estudo visa incluir 69 pacientes que receberão um tratamento antirretroviral de curto prazo, seguido pela terapia com os dois bNAbs.
Após um ano de monitoramento, eles poderão interromper a terapia com base em critérios específicos, buscando determinar se essa estratégia terapêutica é eficaz no controle da infecção após a interrupção do tratamento antirretroviral.
Essas descobertas são importantes para entender as interações entre anticorpos neutralizantes e o vírus HIV-1, abrindo caminho para novas formas de tratamento e controle da infecção.
O estudo continua investigando outros controladores pós-tratamento para aprofundar o conhecimento sobre como a resposta de anticorpos contribui para a remissão a longo prazo após a interrupção do tratamento antirretroviral.
Fonte: Olhar Digital