A dádiva do riso

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A esta altura, seu padrinho de A.A. geralmente se põe a rir.

Antes de começar minha recuperação do alcoolismo, o riso era um dos mais dolorosos sons que conhecia. Eu nunca ria, e sentia que se alguém mais risse, era de mim! Minha autopiedade negava-me o mais simples dos prazeres, ou a leveza do coração. No final do meu alcoolismo, nem mesmo o álcool provocava em mim uma risada de bêbado.

Quando meu padrinho em A.A. começou a rir e a mostrar a minha autopiedade e enganos alimentados pelo ego, fiquei aborrecido e magoado, mas ele ensinou-me a aliviar-me e a focalizar a minha recuperação. Logo aprendi a rir de mim mesmo e, eventualmente, ensinar os meus afilhados a rir também. Todo dia peço a Deus para ajudar-me a parar de me levar muito a sério.